segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FORMAR SUCESSORES, A TAREFA PRIMORDIAL DE UM LÍDER

Trabalhar em equipe é uma atividade humana milenar. Desde que o ser humano percebeu que a sua atividade como indivíduo poderia gerar resultados limitados, passou a convidar outras pessoas para juntos construírem algo maior. Um grande exemplo de trabalho em equipe é a construção das pirâmides do Egito, uma obra fantástica e impossível de ser feita por apenas uma pessoa.  Certamente, por trás de um excepcional trabalho, havia a maestria de um grande líder faraó. Estudiosos do assunto dizem que foram necessários 100.000 trabalhadores por mais de 20 anos para construir a grande pirâmide e que foram usados mais de 2.000.000 de blocos de pedra, cada qual pesando em média duas toneladas e meia. Ainda segundos pesquisadores, o ritmo de trabalho era tão intenso que os trabalhadores eram agrupados em equipes e por habilidades e o trabalho era realizado de forma ininterrupta. Isso tudo foi realizado há 2500 anos antes de cristo.
Todos os grande líderes, tem uma coisa em comum, sabem contratar e manter pessoas excepcionais, pessoas que fazem o melhor dentro das condições do ambiente. Um bom líder sabe que não chegará lá sozinho, ele sabe que quanto mais competente e preparada for a sua equipe, mais eficaz será o resultado. Peter Drucker, um dos grandes gurus do Management, disse que: “Nenhum executivo já sofreu porque seu pessoal era forte e eficiente”.  John Maxwell em seu livro A ARTE DE FORMAR LÍDERES cita a seguinte parábola: “Quando há um problema, `incêndio` na organização, você, como líder, é muitas vezes o primeiro a chegar no local. Você tem em suas mãos 2 baldes, um com água e outro com gasolina. A fagulha que está diante de você se transformará em um problema ainda maior, ou se extinguirá, porque você usou o balde com água ao invés de gasolina. Todas as pessoas em uma organização também carregam dois baldes. A pergunta é: Como líder, você está treinando as pessoas para usarem a gasolina ou a água?
A parábola nos remete a uma grande pergunta: Você, como líder, está formando sucessores? Um bom líder atrai bons líderes naturalmente e esses bons líderes serão responsáveis por construir uma atmosfera favorável para o cumprimento das metas. Não há lideres ruins para uma boa equipe, mas certamente haverá bons membros em uma equipe onde o líder é bom.
Os líderes, em qualquer organização, devem gerar mudanças no ambiente, mas para que isso ocorra, o líder deve ser um termostato e não um termômetro. Os dois medem a temperatura, no entanto, o termômetro apenas mede a temperatura e indica o resultado, já o termostato rompe a passividade do termômetro. O termostato é ativo, ele é capaz de mandar um sinal a um determinado equipamento para agir corretivamente em uma situação anormal. O dinamismo e a atitude de um líder ativo associado a um ambiente favorável e também a uma equipe excepcional são fatores essenciais para o aumento da performance organizacional.  

2014, O ANO DAS PESSOAS

Algumas pistas do que será 2014 já foi escrito em sites e blogs no mundo inteiro. A retrospectiva do mercado brasileiro por exemplo, revelou que especialmente um setor da economia teve o primeiro revés em 10 anos. O setor automotivo registrou uma queda de 0,91% e se pegarmos somente o de veículos leves a queda foi de 1,61%. Se um setor, que recebeu os maiores benefícios fiscais no ano de 2013 teve problemas, então temos que ascender o alerta para 2014. Outros setores da economia também tiveram problemas para crescer. O setor turístico que nessa época é o mais promissor esbarra na incompetência do poder público por falta de investimentos em infraestrutura como saneamento básico, água, energia elétrica. Santa Catarina cujo setor turístico é responsável por 12,5% do PIB, teve problemas em atender os turistas que visitaram o litoral no réveillon. Problemas básicos que se arrastam por décadas, problemas da grande selva de pedras construída á beira do mar como se esse fosse o único encanto ou a única beleza natural do Estado. Por onde andamos, verificamos descasos com o gasto publico e isso gera uma onda de pessimismo, provocando um revés significativo na economia.
Já o Governo Federal, anunciou um superávit primário de 75 bilhões em 2013, miseráveis 1,5% do PIB e o pior, isso veio do leilão do Pré Sal e de um REFIS ou seja, é como se você vendesse o carro para terminar o ano com dinheiro na conta corrente e depois terá que comprar outro para passar o ano.
Mas como bons brasileiros, temos que levantar a cabeça e começar o ano matando o primeiro leão. Para alimentar a esperança de um 2014 melhor, os sinais são positivos. A área de TI vai crescer em torno de 9% nesse ano segundo especialistas da área. Outros setores ligados a infraestrutura, sobretudo ligados á copa do mundo como: telecomunicações, portos, aeroportos, extração mineral e também o setor automotivo apontam altas melhoras na performance segundo dados do BNDES.
Aos gestores CEOs empresários, a dica é: Crie políticas de desenvolvimento e retenção de pessoas. Essa aposta deve ser feita e é a forma mais inteligente de driblar o problema do apagão de mão-de-obra e de líderes. As empresas ligadas e esses setores e outros que derivam deles, devem estar preparadas para grandes contratos comerciais.
É preciso construir um OCEANO AZUL nessa área já que são as pessoas, as principais responsáveis pelo crescimento e sustentabilidade do negócio. A verdadeira agregação de valor ao negócio advirá dos investimentos em pessoas e elas farão as coisas acontecer. No último fantástico, uma matéria veiculada sobre emprego, revelou que mais da metade das pessoas querem trocar de emprego em 2014. As razões para isso são de pleno controle da empresa, são políticas de Recursos Humanos mais “Humanas” como: Melhorar a qualidade de vida, a satisfação no trabalho o reconhecimento e um plano de carreira.
Não é difícil constatar isso na prática, é só ir a qualquer estabelecimento comercial e observar o péssimo atendimento e a falta de atendentes. E isso ocorre principalmente nas grandes lojas de varejo. Nunca vi tanta má vontade em atender um cliente como nos últimos anos. Pessoas despreparadas, sem motivação para abordar um cliente e em algumas vezes mal educadas.

Não adianta culpar a escassez de mão-de-obra ou a falha na formação. Há sim, que se fazer uma profunda reflexão sobre os investimentos em formação e em políticas de valorização de pessoas. Essa é a única alternativa para crescer, e isso não depende do governo.