quinta-feira, 9 de julho de 2015

SUCESSÃO FAMILIAR


Para muitas empresas familiares no Brasil, a discussão sobre a sucessão ainda é um tabu. No Brasil, 79% das empresas familiares cresceram em tamanho e faturamento contra 65% na média mundial em 2014, revelou uma pesquisa mundial sobre o assunto realizada pela consultoria PwC. Mas esses dados poderiam ser melhores se a profissionalização nas tratativas de sucessão fossem colocadas em pauta nas conversas da família. Essa importante etapa deve ser discutida entre sucessor e sucedido de maneira a promover uma aproximação efetiva e um debate maduro sobre o assunto.

A dificuldade do fundador em “passar o bastão” vai desde a dificuldade em admitir que é a hora de garantir que a empresa continue crescendo e se reinventando no mercado, até a relação de confiança na continuidade do negócio depositada nos sucessores, passando pela questão da aceitação por parte dos funcionários em ter um novo “patrão”. No campo das ações preventivas para amenizar o trauma da sucessão o planejamento e a contratação de especialistas para conduzir um processo de coaching de sucessão aos herdeiros é uma decisão importante. É uma atividade que culturalmente ainda não está consolidada, mas que é preventivamente uma maneira sensata de conduzir o assunto. Outro aspecto importante é fazer isso no momento de estabilidade da empresa. Essa condição irá garantir que decisões futuras tomadas pelos sucessores não coloquem em risco o processo sucessório. Segundo Peter Drucker, “Toda organização nasceu para perpetuar no mercado”. Os seus fundadores passam, mas elas devem ficar já que foram criadas para atender às nossas necessidades.