Algumas pistas do que será 2014 já
foi escrito em sites e blogs no mundo inteiro. A retrospectiva do mercado
brasileiro por exemplo, revelou que especialmente um setor da economia teve o
primeiro revés em 10 anos. O setor automotivo registrou uma queda de 0,91% e se
pegarmos somente o de veículos leves a queda foi de 1,61%. Se um setor, que
recebeu os maiores benefícios fiscais no ano de 2013 teve problemas, então
temos que ascender o alerta para 2014. Outros setores da economia também tiveram
problemas para crescer. O setor turístico que nessa época é o mais promissor
esbarra na incompetência do poder público por falta de investimentos em
infraestrutura como saneamento básico, água, energia elétrica. Santa Catarina
cujo setor turístico é responsável por 12,5% do PIB, teve problemas em atender
os turistas que visitaram o litoral no réveillon.
Problemas básicos que se arrastam por décadas, problemas da grande selva de
pedras construída á beira do mar como se esse fosse o único encanto ou a única
beleza natural do Estado. Por onde andamos, verificamos descasos com o gasto
publico e isso gera uma onda de pessimismo, provocando um revés significativo
na economia.
Já o Governo Federal, anunciou um
superávit primário de 75 bilhões em 2013, miseráveis 1,5% do PIB e o pior, isso
veio do leilão do Pré Sal e de um REFIS ou seja, é como se você vendesse o
carro para terminar o ano com dinheiro na conta corrente e depois terá que
comprar outro para passar o ano.
Mas como bons brasileiros, temos
que levantar a cabeça e começar o ano matando o primeiro leão. Para alimentar a
esperança de um 2014 melhor, os sinais são positivos. A área de TI vai crescer
em torno de 9% nesse ano segundo especialistas da área. Outros setores ligados
a infraestrutura, sobretudo ligados á copa do mundo como: telecomunicações,
portos, aeroportos, extração mineral e também o setor automotivo apontam altas melhoras
na performance segundo dados do BNDES.
Aos gestores CEOs empresários, a
dica é: Crie políticas de desenvolvimento e retenção de pessoas. Essa aposta
deve ser feita e é a forma mais inteligente de driblar o problema do apagão de
mão-de-obra e de líderes. As empresas ligadas e esses setores e outros que derivam
deles, devem estar preparadas para grandes contratos comerciais.
É preciso construir um OCEANO
AZUL nessa área já que são as pessoas, as principais responsáveis pelo crescimento
e sustentabilidade do negócio. A verdadeira agregação de valor ao negócio
advirá dos investimentos em pessoas e elas farão as coisas acontecer. No último
fantástico, uma matéria veiculada sobre emprego, revelou que mais da metade das
pessoas querem trocar de emprego em 2014. As razões para isso são de pleno
controle da empresa, são políticas de Recursos Humanos mais “Humanas” como: Melhorar
a qualidade de vida, a satisfação no trabalho o reconhecimento e um plano de
carreira.
Não é difícil constatar isso na
prática, é só ir a qualquer estabelecimento comercial e observar o péssimo
atendimento e a falta de atendentes. E isso ocorre principalmente nas grandes
lojas de varejo. Nunca vi tanta má vontade em atender um cliente como nos
últimos anos. Pessoas despreparadas, sem motivação para abordar um cliente e em
algumas vezes mal educadas.
Não adianta culpar a escassez de
mão-de-obra ou a falha na formação. Há sim, que se fazer uma profunda reflexão
sobre os investimentos em formação e em políticas de valorização de pessoas.
Essa é a única alternativa para crescer, e isso não depende do governo.